terça-feira, 15 de março de 2011

Desastres naturais e prevenção - Parte 2


No post de ontem (abaixo deste), discutimos o que são desastres naturais e como a intervenção humano no ambiente pode causar e/ou agravar as situações. Ainda vimos além das inestimáveis perdas humanos, os prejuízos econômicos trazidos por esse tipo de evento.

Então, perguntamos: como criar mecanismos de prevenção ou minimização de danos?

Existem medidas preventivas de custo-benefício viáveis?

O que diz o livro-relatório Banco Mundial-Nações Unidas?

A prevenção se paga, segundo o livro Riscos naturais, desastres incidentais (BM/ONU). Ele cita o caso de Bangladesh, por exemplo, que se beneficiou dos avanços nas tecnologias de previsão do tempo, e implantou sistemas de alerta que avisam da possibilidade de ciclones. Com isso, reduziram-se drasticamente as mortes por ciclones, ano após ano.

Ainda, as conclusões publicadas sobre a relação custo-benefício de medidas preventivas incluem:

- maior acesso a informações relacionadas com desastres naturais e

- mudanças na política securitária, estimulando parcerias entre o setor privado e o setor governamental nos casos de grandes prejuízos causados por catástrofes naturais.

O livro também propõe soluções de custo-benefício extremamente positivo como a construção de infra-estrutura específica para os riscos: por exemplo, escolas construídas com a possibilidade de adaptação para abrigos e outras medidas que aumentem a eficiência do auxílio a população em momentos de grandes desastres.

Segundo o site Planeta Sustentável da editora Abril:

“(...) a Política Municipal de Mudança de Clima de São Paulo prevê não apenas medidas para mitigar as emissões de gases de efeito estufa, mas também atitudes para nos adaptarmos ao inevitável aquecimento da Terra que já começou, vai durar por muitas décadas ou mesmo séculos e vem afetando cada vez mais a vida das populações”.

Ainda, segundo o mesmo site, a coordenadora do GVces (Centro de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas), Rachel Biderman diz que “para pensarmos em ações de adaptação às mudanças climáticas, precisamos conhecer a real vulnerabilidade de nossas cidades diante desse fenômeno. Mas, até agora, não temos nenhuma pesquisa ou inventário que trate do assunto”.

Em 2007, a revista e portal Scientific American publicou a reportagem “A ciência se move para provar as mudanças climáticas”, na qual dizia que já estavam sendo identificadas cientificamente as alterações prometidas no primeiro Intergovernamental Panel on Climate Charge (IPCC) em 1990. À época do primeiro relatório, não existiam provas reais que demonstrassem as mudanças climáticas.


Debate sistemático para levantamento de riscos mais prováveis e soluções
Mesmo os mais céticos não podem negar a simples observação da alteração nos eventos climáticos que estão ocorrendo.

Somente assim, poderemos alcançar uma perspectiva mais aproximada dos eventos futuros e traçar diretrizes mais eficientes. Afinal, se não discutirmos e tomarmos medidas preventivas em relação às mudanças climáticas no nosso estado, poderemos em breve nos deparar com situações de maior gravidade, tais como grandes perdas humanas, prejuízos econômicas e ambientais, e surgimento de epidemias, principalmente de veiculação hídrica (entre outras).

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