segunda-feira, 29 de agosto de 2011

III Plenária Municipal PV Carioca

Por Álvaro Nassaralla


III Plenária Municipal PV Carioca

Data: 27/08/2011
Local: Auditório Darcy Ribeiro (Universidade Cândido Mendes)

Mesa
José Augusto Silveira – Presidente / PV Cidade do RJ
Nena Dupret – Secretária da Mulher / PV Cidade do RJ
Flavio Lazaro – Secretário de eventos / PV Cidade do RJ
Dr. Edson da Creatinina – Vereador / PV Cidade do RJ
Eduardo Nascimento – Secretário de comunicação / PV Cidade do RJ

Foi realizada a III Reunião Plenária Municipal do Partido Verde-RJ, no dia 27 de agosto, com o objetivo de reestruturação democrática do Partido através dos Núcleos Interzonais e a organização para as eleições de 2012.

A seguir, relatamos alguns trechos proferidos por José Augusto Silveira em relação ao conceito de Núcleos Interzonais:

• “Quando propomos a construção das Zonais, elas tinham como essência a democratização do partido, aproximando-se da sociedade e sendo uma atividade essencialmente voluntária de seus filiados, com a principal missão de divulgar as idéias e princípios do PV em suas respectivas áreas geográficas.

• A idéia das zonais é a de estruturar o PV de forma a capilarizar as suas atividades para que cheguem o mais próximo do cidadão, através de seus militantes com consciência ambiental plena.  
  • Uma questão importante é a formação de estrutura em rede para que, além de filiados, possam também participar do processo os simpatizantes de nossas causas socioambientais, contribuindo assim com a implementação de nossas propostas para uma política sustentável”.
José Augusto também descreveu o perfil desejado para os que desejam ser representantes do partido nos seus Núcleos Interzonais:

1. O primeiro aspecto é o conhecimento e a crença de nossas idéias e nossos princípios e a capacidade de transmiti-los para nossos filiados e simpatizantes.

2. As zonais, por sua capilaridade, vão estar responsáveis também por estratégias eleitorais. Vão atrair filiados e simpatizantes com potencial para se tornarem futuros candidatos.

3. Para que a estrutura partidária seja eficiente em seu todo é necessária a presença de três fatores: eficiência de gestão administrativa; capacidade de formação política; eficiência eleitoral. Para tanto, é importante que a experiência alcançada no dia-a-dia partidário seja compartilhada com os novos filiados. Também é importante que haja um equilíbrio entre os interesses individuais e os institucionais. Apenas com a harmonização desses dois tipos de interesse é que poderemos alcançar uma estrutura partidária sustentável e condizente com a realidade do século 21.

4. Outra função dos Núcleos Interzonais é de identificar os problemas locais respectivos de suas áreas de atuação e comunicá-los para as instâncias partidárias, bem como para a bancada de seus Vereadores, a fim de que tomem as possíveis providências.

Concluindo, nesses anos de nossa existência como partido, nunca optamos por inchar; optamos, sim, por crescer. E, atualmente, percebemos claramente que essa estratégia está resultando em sucessos político-eleitorais, como a votação expressiva obtida por Gabeira e outros.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O que são as zonais?

'Dando as mãos' - J.A. Silveira / 2011
As zonais são parte da estrutura partidária e têm como objetivo relacionar o partido da forma mais próxima possível com a sociedade, divulgando nossas idéias e princípios estatutários. Têm também como responsabilidade a identificação dos problemas socioambientais das suas respectivas regiões, comunicando esses achados aos nossos vereadores para que os mesmos tomem as providências cabíveis.

Os membros das zonais são filiados ao Partido, residentes nas respectivas áreas, e que têm disponibilidade de tempo para de uma maneira voluntária representar o Partido junto a sua região. 

Essas estruturas funcionam dentro do conceito de rede, sem uma hierarquia rígida, mas com um núcleo de coordenação realizado pela Executiva Municipal, que terá como principal atividade estimular a renovação e crescimento constante dessas estruturas, evitando assim, que as mesmas se transformem em espaços de simples interesse ou de poder pessoal.

José Augusto SilveiraPres. do PV da Cidade do Rio de Janeiro

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

III Plenária Municipal PV Carioca

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Data: 27/08/2011

Horário: 13h00 às 17h00
Local: Auditório Darcy Ribeiro -Instituto de Humanidades – Universidade Cândido Mendes
Endereço: Praça Pio X, 7 / 11 andar - Candelária – Centro - Rio de Janeiro - RJ

Descrição do evento:

Plenária Verde Carioca

Aos filiados e simpatizantes do Partido Verde:

Em atendimento a solicitação do Presidente da Comissão Executiva Municipal do Partido Verde da Cidade do Rio de Janeiro José Augusto Silveira, temos o prazer de convidá-lo(a) para a III Reunião Plenária Municipal do Partido Verde-RJ, com vistas a organização do Partido para as eleições de 2012.

Proposta de pauta:

1. Atualização e informes do projeto de nucleação Interzonal do PV/Rio;

2. Apresentação dos Diagnósticos dos núcleos Interzonais em suas áreas de abrangência;

3. Propostas para redefinições de áreas, em função de agregar novos grupos e pessoas;

4. Estratégias para elaboração do plano de ação nos bairros.

Flávio Lazaro - Sec. Mobilização e Eventos PV/RJ

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A RIO+20 é uma questão global


Ban Ki-moon
Secretário-Geral das Nações Unidas

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, esteve em Brasília nos dias 16 e 17 de Junho último, como parte de uma viagem a quatro países da América do Sul quando também visitou a Colômbia, a Argentina e o Uruguai. No Brasil, o Secretário-Geral esteve pessoalmente, pela primeira vez, com a Presidenta Dilma Rousseff. Ele também teve a oportunidade de se encontrar com o Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, com a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e com a Ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Ban Li-moon se reuniu ainda com lideranças de movimentos sociais e ONGs, num encontro presidido pelo Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, com o Presidente do Senado Federal, José Sarney, e com o Presidente da Câmara Federal dos Deputados, Marco Maia.

Pouco antes de embarcar de volta para Nova York, na sexta-feira, 17 de Junho, o Secretário-Geral da ONU concedeu uma entrevista coletiva para os correspondentes das agências de notícias internacionais.

Qual são suas expectativas em relação à RIO+20?

Um ponto importante de minha agenda foi a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, a RIO+20, já que temos tratado as mudanças climáticas como uma prioridade da comunidade internacional. No passado, crises como a de energia ou a de alimentos eram tratadas de forma separada, mas eu acredito que estas questões estão interconectadas e, portanto, devem ser tratadas sob uma perspectiva mais ampla e de uma maneira abrangente. Isto é o que vamos discutir na RIO+20, no Rio de Janeiro, ano que vem. Tive um ótimo encontro com a Presidenta Dilma Rousseff e com a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e elas estão muito comprometidas com estes assuntos e, por isto, conto com sua liderança. Como Secretário-Geral da ONU tenho um forte compromisso para fazer desta Conferência um sucesso.

Em 1992, há 20 anos, no Rio de Janeiro, líderes mundiais chegaram a um acordo histórico para o desenvolvimento sustentável. Durante os últimos 20 anos, enquanto estiveram implementando estes acordos, os líderes mundiais não prestaram a devida atenção às consequências de diversos atos que estamos vivenciado agora. Eles estiveram focados no crescimento econômico sem considerar suas consequências. Agora, desta vez, depois de 20 anos, temos de ser muito sérios para tentar encontrar uma maneira equilibrada e sustentável de alcançar este crescimento. Este é o principal objetivo desta Conferência de alto nível no Rio de Janeiro.

Como disse, mudanças climáticas e questões como o manejo da água, segurança alimentar, e assuntos ligados à saúde, por exemplo, têm sido tratados de forma específica. Mas todos eles estão interligados, interconectados. Temos que vê-los de uma maneira mais ampla e abrangente, em conjunto. É por isto que nomeei o Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global, que é liderado pelo Presidente Jacob Zuma, da África do Sul, e pela Presidenta Tarja Halonen, da Finlândia, e formado por vários líderes mundiais. Pedi a eles que apresentassem recomendações ambiciosas e corajosas, porém práticas, para que estas recomendações possam ser apropriadamente traduzidas em negociações intergovernamentais. O processo da RIO+20 vai produzir um texto geral em Junho do próximo ano. E até lá as negociações continuarão. Por isso não temos muito tempo. Espero que a RIO+20 seja capaz de chegar a um histórico, corajoso e ambicioso, mas prático de implementação, para que possamos fazer deste mundo um ambiente de hospitalidade, onde cada aspecto de nossa vida possa ser sustentável.

Recentemente alguns países criticaram o método pelo qual são tomadas as decisões em Conferências que lidam com as mudanças climáticas. Eles dizem que devem ser por maioria e não por consenso, que isso está bloqueando as negociações. Qual sua opinião sobre isto?

O processo de tomada de decisão é algo que deve ser determinado pelos Estados-Membros. Há muitos casos em que as decisões são tomadas por maioria, mas questões de desafios globais, como mudanças climáticas, que afetam todas as pessoas em todo o mundo, precisam ser apoiadas por todos os países do mundo para uma implementação suave e equilibrada. Mesmo que possa ser um processo exaustivo e frustrante, é melhor alcançar o consenso entre todos os Estados-Membros. Sei que isto gera algumas frustrações. Como Secretário-Geral também me sinto frustrado, às vezes, mas o processo deve ser decidido pelos Estados-Membros.

O senhor se encontrou com a Ministra do Meio Ambiente e ela deve ter mencionado que o desmatamento da Amazônia aumentou recentemente. Esse aumento no desmatamento preocupa a ONU?

Em 2007, viajei para a Amazônia e foi uma experiência muito importante e útil para mim. Nós estamos muito preocupados com o desmatamento. Globalmente o desmatamento é responsável por cerca de 20% das emissões de gases de Efeito Estufa e temos que acabar com esta tendência. Fizemos um bom acordo em Cancún, em 2010, sobre questões do desmatamento e concordamos em prover os fundos necessários para as pessoas que dependem destas questões. Isto deve ser trabalhado mais detalhadamente em Durban, na COP-17 da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Dezembro deste ano; já falei com o Presidente Zuma, solicitei ao Governo da África do Sul que liderasse este processo. O sucesso da Conferência de Durban será de grande ajuda para contribuir ao sucesso da RIO+20. Sobre medidas domésticas específicas, o Brasil é o maior país florestal do mundo, e o modo como o país lidará com esta questão vai fazer uma grande diferença nos esforços globais. Espero que o Governo brasileiro, o parlamento brasileiro, indústrias agrícolas e outras comunidades discutam esse assunto de forma mais sincera e mais séria e tenham em mente que não é uma questão brasileira, é uma questão global de agir.

Entrevista coletiva do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, durante sua visita ao Brasil em 21 de Junho de 2011

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Obs: Essa matéria faz parte da edição n.176 da Revista Eco21. Veja mais artigos dessa edição em:

RIO+20: Sociedade Civil anuncia Cúpula dos Povos

RIO+20 estimula bancos à sustentabilidade financeira

A perda de confiança na ordem atual