* Apresentamos abaixo um resumo da matéria “Por uma expansão global do conhecimento”, de José Monserrat Filho, publicada na revista ECO21 (fev/2009).
Resumo
Muitos acreditam que o conhecimento é a chave para a solução de muitos dos desafios que a humanidade já está tendo de lidar em relação ao aquecimento global e a redução da pobreza no mundo.
Acreditando nisso, a União Européia publicou em 2009 os resultados de uma pesquisa da percepção pública quanto à ciência e a pesquisa científica.
Uma grande conclusão foi alcançada: a população acredita na ciência como um caminho para o progresso e há um consenso de que o continente tem de investir de uma forma planejada na pesquisa científica.
Os europeus reagiram de modo positivo:
- aos avanços nas áreas médica e farmacêutica,
- à procura de solução para os problemas energéticos, ambientais e climáticos,
- criação, inovação e aperfeiçoamento de produtos capazes de facilitar as tarefas cotidianas.
Eles reagiram de modo preocupado com pesquisas científicas e experiências:
- com animas,
- sobre células-tronco,
- sobre biocombustíveis.
Ainda, como preocupações sérias, apareceram:
- o risco das manipulações genéticas, dos organismos geneticamente modificados (OGM),
- as ameaças à saúde
- as mudanças climáticas e
- o uso da ciência para fins bélicos, as armas de destruição em massa (principalmente as nucleares e químicas).
Outro item em que a pesquisa encontrou resultados positivos é a necessidade de maior divulgação científica. É fundamental integrar a pesquisa científica com a população, ampliando o acesso às informações, assim como aperfeiçoar os mecanismos de coordenação e difusão de informações.
O conhecimento de nosso tempo está ainda calcado em especificidades, e o desafio é alcançar a multidisciplinaridade na produção de conhecimentos, relacionando e interligando as “áreas” do conhecimento.
A revista chama a atenção para o texto “Por um saber sem fronteiras”, de Sérgio Paulo Rouanet, filósofo e ex-diplomata:
“É preciso que haja uma inflexão, a passagem para uma etapa em que o homem volte a ser sujeito do processo de geração e aplicação do conhecimento. A mutação que pretendemos deverá devolver ao homem a capacidade de ter uma visão de conjunta das atividades técnico-científicas, sem o que a democracia seria substituída pela logocracia”.
Nós, da Pensamento Ecológico, acreditamos que devemos lutar para que o conhecimento não obtenha o status de poder sobre as necessidades humanas, tornando-se uma ditadura do conhecimento. Por isso, atentamos para o risco de que as pesquisas científicas sejam dirigidas a interesses puramente econômicos.
Para concluir, reproduzimos a citação de Rouanet contida no texto da Eco 21:
“A própria sobrevivência da democracia depende da capacidade dos cidadãos de reassumir algum controle sobre os rumos da ciência, pois de outro modo haveria o risco de que uma ciência cada vez mais esotérica e menos inteligível para o homem comum, cada vez mais comprometida com o complexo industrial-militar, cada vez menos sensível aos riscos ecológicos que pesam sobre o Planeta, usurpasse o poder decisório que numa sociedade democrática só pode ser exercida pelo povo soberano”.Link para o texto original de "Por uma expansão global do conhecimento científico": http://www.eco21.com.br/textos/textos.asp?ID=1924
Prezado Verde,
ResponderExcluirSeu blog VERDE é muito interessante, e possui reportagens que deveriam ser divulgadas todos os dias na TV/RÁDIO...
Muito bom!
Parabéns!
Vou divulgá-lo no meu blog de ECOPEDAGOGIA: www.bela-ecopedagogia.blogspot.com
Abraços ecológicos/Atenciosamente/Luciana Ribeiro de Brasília.
Obrigado Luciana,
ResponderExcluirVou adicionar o Ecopedagogia no meu roll de blogs!
Saudações Verdes